quinta-feira, 27 de setembro de 2007

TROPEÇOS E VITÓRIAS


Na vida, tropeçamos e perdemos muito. Mas entre tropeços, quedas e perdas, vemos que há a vida. E a vida nos dá muitas lições.
Aprendemos a sonhar, a amar, a viver com a certeza de que nascemos para vencer e aprender.
Não busque boas aparências... não procure pessoas perfeitas... busque a essência dos valores humanos e siga com a certeza de que a vitória chega.
Autor: Ranieri Oliveira 2° Ano G / 'Tarde'



AMANTES...


Encontro contigo nas ruas escuras, distantes dos olhos alheios. Entro em teu carro como uma fugitiva e depois de um beijo apaixonado, seguimos rapidamente para um local calmo, tranqüilo. O nosso refúgio.
Beijo-te sem cessar... sem querer parar...
Devagarinho... você me desnuda.
O amor, então, se faz!
Não sei se é amor... não sei se é aventura... o que me importa é que você me completa.
O tempo urge. Ele não é nosso aliado.
Agora... temos pressa de voltar para casa... e voltarmos num novo dia... se der.

‘...encontre-me hoje, no mesmo horário... e no mesmo local...’

Autora: Natália Cruz / 2° Ano ' Manhã'

A Felicidade não tem boa alma!

Eu já estava atrasado e sabia que, se não me apressasse, perderia o ônibus para a faculdade. Por isso penteei os cabelos com pressa diante do espelho e logo peguei a minha pasta para sair.
Mas quando meus dedos tocaram-na, meu olhar repentinamente desviou-se para a estante de livros ao lado. Eu, com a mão sobre a pasta, avistei o romance de Capitu.
Meu coração estremeceu e começou a pulsar forte. Aquele livro de Machado de Assis havia sido o motivador de todo o contato entre mim e Clarice. Lembrei-me de quando estava no primeiro semestre da faculdade. Eu conversava com o Carlos nas mesinhas que ficam no pátio do centro universitário. Era a hora do intervalo. E aquela menina, morena e de olhos verdes, aproximou-se de nós. Ela vinha com uma amiga. As duas pediram licença e sentaram nas cadeiras vazias da mesa que meu amigo e eu nos encontrávamos.
A nossa conversa era sobre política. Lembro-me que Carlos defendia o presidente, enquanto eu o fazia fortes críticas, devido às corrupções que o partido havia mergulhado. As duas meninas conversavam sobre Literatura. Mas precisamente sobre a obra machadiana. Ela, a Clarice, era apaixonada pelo autor e tencionava fazer um estudo aprofundado sobre a sua obra.
Embora nossos assuntos fossem diferentes, não me recordo como, mas logo estávamos os quatro falando sobre Literatura. Assim, Clarice e eu nos conhecemos e nos tornamos amigos, o que posteriormente resultaria em nosso namoro.
Da Literatura de Machado de Assis, eu havia lido todos os romances e nossas discussões foram profícuas sobre a estória enigmática de Bento e Capitolina. Clarice me presenteou, depois, com este romance para que eu o lesse mais uma vez. Ela não aceitava os argumentos de defesa que eu mantinha em relação à Capitu.
Em poucos dias, estávamos namorando sério e muitas cadeiras da faculdade cursamos juntos, embora ela tivesse um semestre à minha frente. Ao seu lado passei momentos inesquecíveis de estudos e de amor também. Tornamo-nos dois apaixonados, um pelo outro, e os dois pelas letras.
As disciplinas que cursei ao lado de Clarice foram repletas de conhecimento, amor e satisfação. Mas a felicidade não dura para sempre. Minha boa vida de apaixonado só me deixou perceber isto quando, de forma repentina, Clarice chegou para mim e disse que estava de viagem marcada para outro estado. Não era um passeio. A família mudaria-se em breve.
‘E a faculdade?’ O choque foi tão intenso que não perguntei por nós, e sim pelo curso. ‘Ah! Eu vou pedir transferência. Não quero pensar nisto agora. Preciso organizar outras coisas mais urgentes para a viagem.’
Naquele momento, desconheci Clarice. Era aquela a garota que eu havia conhecido no início da faculdade e mantinha um relacionamento amoroso que perdurava até o quarto semestre? E a importância que sempre dera aos estudos? ‘Preciso organizar outras coisas mais urgentes para a viagem.’ Eu estava perplexo. E fiquei mais ainda quando descobri que a viagem aconteceu dali a três dias. Clarice se foi e não mais se despediu de mim.
Ficaram as recordações, as lembranças, a tristeza, a solidão. Eu a amava e a tinha perdido de forma incompreensível. Buscava uma explicação para aquela perda tão brusca, fora uma rapidez de relâmpago.
Estes pensamentos impedem que o meu olhar seja desviado do livro e faz com que a minha mente recorde todos estes momentos traiçoeiros que vivi com Clarice. Apesar da pressa, vou até o livro e o abro numa página aleatória e leio: ‘A felicidade tem boa alma’. Era o título de um capítulo qualquer do romance. Eu não pude deixar de sorrir. Para mim, a alma da felicidade não foi tão boa. Fechei, então, o livro. Com minha pasta, eu saí de casa e fui para o ponto do ônibus, que já apontava na esquina.
Autor: Nonato Costa.

VINGANÇA


Vingar-se é antônimo de piedade
para aqueles que não se mantêm,
ou nem mesmo,
fazem-se fortes e capazes
para superarem as medíocres
situações da vida.
Autora: Ana Karine 2° Ano 'Manhã'

Nosso Amor, Nosso Jogo

No jogo, quando se comete a falta
O juiz dá amarelo, ou deixa passar.
Em nosso namoro, quando eu vacilo
Você fica com raiva e pára de falar.

Quando no jogo, acontece um pênalti
A torcida logo comemora.
Em nosso namoro, não há nada disso
Mas tem briga a toda hora.

No jogo tem contra-ataque
Que deixa a defesa louca.
No namoro, quando me atacas
Defendo-me, beijando a tua boca.
Autora: Pauliana Lima 3° Ano 'C' Tarde


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Seu Nome

Seu nome soa como canção
Entoada ao meu coração
Suave e fascinante
que os meus lábios cantantes
expressam com emoção

Seu nome me lembra o amor
É sublime, é encantador
Alegra-me o sentimento
Em intensos momentos
que me afaga o teu calor

Seu nome exprime num chamar
seu jeito simples e singular
De amor e de candura
e que nos traz a forma pura
do nosso jeito de amar
Autora: Jecicleide Santos 3° Ano A 'Manhã'


Coração Sofrido


Como acalmar o meu pranto?
Como me explicar que tudo terminou?
Se quem permanece em minha mente é você.

Escuto a tua respiração em meus ouvidos
Sinto o toque de tuas mãos em meu corpo
Lembro a suavidade dos teus beijos em meus lábios
Percebo a tua ausência em minha vida

O meu coração você levou consigo
E também os meus beijos...
os meus sonhos... os meus desejos...
que te seguirão eternamente
Autora: Ruya Mayra 3° Ano D 'Tarde'

Esperando Acontecer

Na escuridão...
um suspiro a ser expresso!
No silêncio...
um coração adormecido!
No vácuo...
um amor para existir!
No tempo...
um sentimento enterrado
...na imensidão deste singelo coração...
Autora: Ana Karine Lopes

terça-feira, 4 de setembro de 2007

ATRAVÉS DO OLHAR

Ele me desnuda. Faz-me sentir perfeita. Única. Desperta-me desejos.
Não tem medo de ser percebido, porque é forte e penetrante. Tem uma força que me toca a alma, levando-a ao céu por segundos.
Quer descobrir o que os outros não sabem sobre mim. Deixa-me sem forças e termino por lhe revelar todos os meus segredos.
Mesmo no meio da multidão, ele me procura. Quando me encontra, parece que não existem outras pessoas.
Nestes momentos, conversamos. Ninguém nos ouve, ninguém nos nota. Podemos gritar. Somente as audições de nossas almas saberão o que estamos dizendo.As outras pessoas não percebem nada. Nem as palavras, nem as sensações. Simplesmente porque tudo isso acontece através do olhar. Ou será que tudo não passa de um olhar?
Autora: Dilean Mendes 3° Ano 'C' Tarde

Hoje eu sei

Hoje eu sei...
que o amor faz sofrer.
Machuca e faz chorar.
Hoje eu sei...
Que o amor na vida tem sofrimento.
Tem tristezas e incertezas.
Hoje eu sei...
que o amor não tem endereço.
Não tem residência, não tem e-mail.
Mas todos sabem como lá chegar.
Hoje, eu também sei...
E mesmo assim,
quero também chegar a um coração.

Autora: Marina Moreno 3° Ano 'D' Tarde