Lembro-me, perfeitamente, de quando encantada olhei para você. Parecia que eu olhava para um santo, a contemplá-lo. Reservei, então, um lugar para escondê-lo dos olhares interesseiros, semelhantes aos meus.
Foi assim que abri o meu coração e fiz dele uma morada para ti, transformando-o num Castelo Adormecido dos contos de fadas, ou mesmo, num santuário para resguardar você.
Com o passar dos tempos, percebi que debalde foram os meus esforços. Mesmo não o sufocando com os meus encantamentos, você gritava, querendo sair. E seus gritos abalavam as estruturas de minha Fortaleza Encantada.
Analisei-me. Eu não havia encontrado predicados suficientes para conquistar-lhe. Tudo o que eu poderia oferecer-lhe era a minha amizade.
Amizade que não conseguiu prendê-lo. Você sempre saía e a solidão ficava comigo. Assim, vivenciei tristes noites silenciosas. Tudo o que eu reservara para a minha felicidade, desaparecera por encanto.
Somente o medo permanecia comigo, calando os meus sentimentos. Apenas a tenebrosa escuridão ouvia as minhas preces, implorando a sua volta. Embora regressasse apenas de manhã, ao romper da aurora, com os primeiros raios de sol.
Seus olhos brilhavam, neles transpareciam a amizade que você me tinha. E assim continuamos... a amizade que vinha dos meus tempos de menina e já chegava em meus primeiros momentos de mulher. E perdiam-se, assim, anos que poderiam ter sido de alegrias, dourados pela felicidade.
Nunca descobri quem me roubava a sua presença, o importante é que sempre voltava e sempre conversava comigo. Mas cada regresso alimentava-me de esperanças.
Cheguei a comparar-me a um teto que sombreia, no entanto, sem nenhum adorno para ser contemplado por quem se refresca a sua sombra.E sempre você saia... você partia... e o meu peito rompia... e as minhas lágrimas caíam. E assim permanece sempre!
Autora: Natália Lisck 3º Ano 'A'
Foi assim que abri o meu coração e fiz dele uma morada para ti, transformando-o num Castelo Adormecido dos contos de fadas, ou mesmo, num santuário para resguardar você.
Com o passar dos tempos, percebi que debalde foram os meus esforços. Mesmo não o sufocando com os meus encantamentos, você gritava, querendo sair. E seus gritos abalavam as estruturas de minha Fortaleza Encantada.
Analisei-me. Eu não havia encontrado predicados suficientes para conquistar-lhe. Tudo o que eu poderia oferecer-lhe era a minha amizade.
Amizade que não conseguiu prendê-lo. Você sempre saía e a solidão ficava comigo. Assim, vivenciei tristes noites silenciosas. Tudo o que eu reservara para a minha felicidade, desaparecera por encanto.
Somente o medo permanecia comigo, calando os meus sentimentos. Apenas a tenebrosa escuridão ouvia as minhas preces, implorando a sua volta. Embora regressasse apenas de manhã, ao romper da aurora, com os primeiros raios de sol.
Seus olhos brilhavam, neles transpareciam a amizade que você me tinha. E assim continuamos... a amizade que vinha dos meus tempos de menina e já chegava em meus primeiros momentos de mulher. E perdiam-se, assim, anos que poderiam ter sido de alegrias, dourados pela felicidade.
Nunca descobri quem me roubava a sua presença, o importante é que sempre voltava e sempre conversava comigo. Mas cada regresso alimentava-me de esperanças.
Cheguei a comparar-me a um teto que sombreia, no entanto, sem nenhum adorno para ser contemplado por quem se refresca a sua sombra.E sempre você saia... você partia... e o meu peito rompia... e as minhas lágrimas caíam. E assim permanece sempre!
Autora: Natália Lisck 3º Ano 'A'